Nos tempos em que morava em Berlim, acho que
seria capaz de romper em risos caso alguém me convidasse para a Festa da
Cebola! É! A vida nos reserva cada surpresa. Foi da boêmia dos bares de
Friedrichshain, Kreuzberg e Prenzlauerberg direto para Weimar que venho por
meio desta promover nada mais nada menos que o Zwiebelmarkt, com um nome bem
menos glamouroso após passar pela tradução: sim, a consagrada Festa da Cebola,
sempre no segundo final de semana de outubro!
Pior é
que a bendita comemoração tem tudo de mais provinciano possível. Sabe aquela
coisa da rainha da cebola, tipo miss da festa do caqui, a rainha do baile de
formatura americano ou a princesa de Paranapiacaba? Mas já que tudo aqui pelas
Europa tem um quê de tradição, vamos tentar levantar a auto- estima da festança
de três dias, quase uma badalada rave da Turíngia. E Goethe quem o diga! Aqui não
é só a cidade do berço do classicismo alemão e da criativa Bauhaus não!
A primeira menção à festa remete ao ano de 1653. Já ao longo do século 19, o evento já tinha se tornado conhecido por toda a região. Uma comemoração popular que se manteve desde os tempos da Idade Média. Era uma espécie de celebração à colheita, quando as pessoas das cidadezinhas e vilarejos abasteciam a despensa para a chegada do inverno. Mesmo os anfitriões mais conhecidos da região aderiam à febre. Goethe não só divulgava os benefícios da cebola, como também enfeitava sua casa com as guirlandas coloridas. Quem visitar hoje o aconchego de seu antigo lar, um museu na Frauenplan, verá uma versão seca do ornamento. Já durante os tempos da Alemanha oriental, a festa ganhou uma nova roupagem, tipo um marketing às avessas para celebrar a colheita dos comunas.
A primeira menção à festa remete ao ano de 1653. Já ao longo do século 19, o evento já tinha se tornado conhecido por toda a região. Uma comemoração popular que se manteve desde os tempos da Idade Média. Era uma espécie de celebração à colheita, quando as pessoas das cidadezinhas e vilarejos abasteciam a despensa para a chegada do inverno. Mesmo os anfitriões mais conhecidos da região aderiam à febre. Goethe não só divulgava os benefícios da cebola, como também enfeitava sua casa com as guirlandas coloridas. Quem visitar hoje o aconchego de seu antigo lar, um museu na Frauenplan, verá uma versão seca do ornamento. Já durante os tempos da Alemanha oriental, a festa ganhou uma nova roupagem, tipo um marketing às avessas para celebrar a colheita dos comunas.
Pelo
menos 350 mil visitantes entupirão o pequeno e charmoso centro de Weimar para
comprar os penduricalhos de cebolas, degustar quiches, tortas e iguarias do
legume e ainda de quebra bebericar alguma coisa. Para quem não pode com cheiro,
sabor ou formato cebolóide, há ainda barraquinhas com artesanatos, roupas,
lenços e coisinhas diferentes. Vale o passeio para ver a movimentação na
cidade, encontrar o vizinho, fazer umas fotinhos... Pior, acabei de descobrir
que existe um livro inteirinho só contando curiosidades sobre a festa. Sim, não
consigo parar de repetir: festa da cebola, festa da cebola, festa da cebola! Ainda
bem que não é do caqui, senão meus olhos não lacrimejariam de tanta emoção!
Um comentário:
Quando é?
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