Juro que não há nenhuma ironia nesse título. O tube londrino pode ser sim intragável. Pergunte para qualquer sujeito que se aventure pela Central Line em horário de pico, especialmente durante o verão. Além de exageradamente movimentado (são 1,37 bilhões de passageiros ao ano), meio milhão de ratos habitam os túneis do Underground – modo como o metrô é conhecido aqui na Inglaterra, pelo menos desde 1908. Uma voz docemente irritante de taquara rachada nos acompanha repetindo freneticamente “Mind the Gap” (cuidado com o vão entre o trem e a plataforma) como um disco riscado. Como se não bastasse, ainda é um antro de poluição. Segundo um estudo de 2002, o ar dos túneis é 73 vezes mais “sujismundo” que o da cidade em si. Um mísero rolezinho de 20 minutos pela Northern Line equivale, por exemplo, a um cigarro. Aliás, fumar no metrô foi uma prática permitida até 1987, quando um incêndio na estação King’s Cross causou a morte de 31 pessoas. O álcool, leia-se a birita subterrânea – foi abolido em 2008! E sim, apesar de sujo, poluído, lotado e irritante é a melhor forma de conhecer Londres. Veja porque:
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quarta-feira, 14 de março de 2018
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