quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Roteiro em Israel: Jerusalém, Tel Aviv, Jaffa, Massada, Mar Morto, além de cidades do litoral norte como Haifa, Akko e Rosh Hanikra


Reza e diversão na Terra Santa

(Texto originalmente publicado na revista Viaje Mais! Nov. 2012)


A sagrada Jerusalém e a profana Tel Aviv são apenas duas entre as várias atrações que tornam o pequeno país do Oriente Médio um destino que surpreende

Regina Cazzamatta

Discórdias entre judeus e palestinos à parte, o turismo da Terra Santa não conhece o termo crise – de janeiro a agosto de 2012, 2,3 milhões de visitantes colocaram os pés nesse canto místico e enigmático o mundo. Apesar de quase 70% das excursões à região terem motivações religiosas, profanos e hedonistas não terão do que se queixar. Há muito o que ver por aquelas bandas, da bíblica Jerusalém à high-tech Tel Aviv, passando pelas maravilhas dos minerais do Mar Morto até a dividida e perturbadora Hebron.
Jerusalém, pela sua importância histórica, é o principal destino. Peregrinos, turistas e estudantes, religiosos e ativistas políticos fazem da polêmica e fascinante cidade um local bastante intrigante. Ali convivem cristãos, judeus e muçulmanos – juntos e ao mesmo tempo separados, já que a cidade antiga está dividida em áreas. Sagrada para as três maiores religiões monoteístas do mundo, é o local da crucificação de Jesus Cristo, da subida de Maomé aos céus e da destruição dos dois templos sagrados do judaísmo.
Chegar a Jerusalém durante o shabat – o sétimo dia do Gênesis, o descanso semanal de 24 horas para os judeus, contando do pôr do sol de sexta ao de Sábado – pode ser uma experiência marcante. O silêncio nos bairros judaicos é penetrante. Poucas pessoas são vistas pelas ruas e até mesmo  transporte público deixa de circular. No interior das muralhas do centro antigo, construídas pelo sultão Suleiman, o Magnífico, de 1537 a 1542, durante o Império Otomano, os olhos ficam curiosos diante da imensidão de expressões culturais e religiosas. O ícone da cidade, o Domo da Rocha, com uma enorme cúpula dourada, impera sobre o Monte do Templo. Razões para peregrinação não faltam por ali. Acredita-se que lá Adão foi criado, Abraão quase sacrificou seu próprio filho Isaac e foram erguidos e destruídos o primeiro e o segundo templos sagrados do judaísmo.
Praticamente em frente ao Domo está a mesquita Al-Aqsa, com capacidade para 5 mil fiéis. Conta-se que ali Maomé ascendeu aos céus para encontrar-se com Alá. Infelizmente, o acesso ao interior dos dois templos é permitido somente aos muçulmanos. Ainda assim, caminhar pelo Monte do Templo é uma vivência única, capaz de fazê-lo esquecer todas as divergências da região. Chão de pedra, fontes e árvores enormes dão um toque bucólico ao local. Sem contar com a bela vista para o Monte das Oliveiras. Vale lembrar que este é o lugar mais sagrado no mundo para os muçulmanos, depois das cidades Meca e Medina. Fiéis são vistos sentados em grupos, só de homens ou só de mulheres, sob às sombras das árvores. Muitos rezam em voz alta, um cantarolado suave que quebra o silêncio e completa o aspecto sagrado do local.

Embora exista nove portões que ligam as pequenas e tortuosas ruelas da cidade antiga ao Monte do Templo, a entrada dos forasteiros é permitida somente pelo Bab al-Maghariba. Filas fazem parte do passeio, ainda mais quando chegam tours com mais de 40 pessoas de uma só vez. É bom estar com o passaporte em mãos para passar pelo controle. Além da tradicional checagem de bolsas, câmeras e raio X, os guardas também perguntam o país de origem de cada visitante. Apesar do calor, é preciso se vestir com modéstia e cobrir ombros e pernas. Caso as roupas não estejam apropriadas, é possível comprar lenços para cobrir as partes desnudas. 

Muro das Lamentações  

       Na base ocidental do Monte do Templo, judeus rezam com as mãos encostadas no Muro das Lamentações.Considerado uma sinagoga a céu aberto, o espaço é dividido entre homens e mulheres. Muitos beijam as pedras, passam os dedos, batem levemente a testa, enquanto recitam trechos da Tora, o livro sagrado do judaísmo. Construído há 2 mil anos, o muro foi erguido para dar sustentação ao monte, onde imperava o Segundo Templo. O primeiro, da época do rei Salomão, foi destruído pelos babilônios, em 587 a.C. No começo do século 6 a.C, com a dominação persa na região, o povo judeu pôde voltar a Jerusalém e reconquistá-la. Mas, em 70 d.C, o segundo templo também foi reduzido a escombros, desta vez pelos romanos. Muitos foram exilados, marcando o início da Diáspora. Daí entende-se o simbolismo.


            De acordo com a crença judaica, a presença divina nunca abandona o muro. Os homens precisam colocar a kipá sobre a cabeça para se dirigir ao local. Também é importante não dar as costas ao muro e sair em marcha à ré, sempre olhando para ele. O momento mais especial para visitá-lo é no início do shabat, no entardecer da sexta-feira, quando o lugar lota. Entretanto, durante o shabat é proibido fazer fotos e há inúmeros encarregados de fiscalizar o cumprimento da determinação. Mesmo para os cliques mais discretos, há um olhar de reprovador e um pedido para que se guarde a câmera.


Via-Crúcis

Não muito longe do Muro das Lamentações está Via Dolorosa, onde cristãos fazem o caminho que Jesus teria percorrido com a cruz até o calvário. A famosa Via-Crúcis é demarcada por 14 pontos, que representam significantes passagens bíblicas da Paixão de Cristo. A primeira parada é atualmente uma escola islâmica. Por isso, nem sempre é possível visitar o espaço. Muitos grupos de fiéis fazem o percurso levando uma cruz em tamanho real, acompanhados por freiras, cantando e rezando. O ponto nove da trajetória é onde Jesus teria caído pela terceira vez. A partis dali, o caminho segue em sentido à Basílica do Santo sepulcro, onde se encontram as cinco últimas paradas da caminhada.   

Lá dentro, na capela católica, no ponto 11, acredita-se que Jesus tenha sido despido e pregado à cruz. Na capela ortodoxa ao lado, está o topo da montanha onde a cruz teria sido fincada. Há sempre muitos turistas, que se aglomeram em fila para olhar o lugar. No andar de baixo da igreja está a pedra onde Jesus teria tido seu corpo limpo e untado. Muitos se ajoelham, beijam a rocha, colocam lenços, terços, bíblias, fotografias, passam as mãos, rezam, fazem uma pausa e sorriem para a foto. O ponto final é a tumba, onde é preciso esperar um pouco na fila. Só entram quatro pessoas por vez e o tempo de contemplação é curto. Coisa de um minuto ou menos. Em seguida, já se ouve a voz de um padre ortodoxo pedindo para as pessoas deixarem o local. Existe, no entanto, uma teoria alternativa para a crucificação e ressurreição de Jesus, que aponta o Jardim da Tumba, em Jerusalém Oriental, como o local do ocorrido. Embora muitos ignorem essa versão, o espaço (coordenado por membros da igreja protestante) exibe um belo jardim, com pequenas fontes e muita tranqüilidade.



Monte das Oliveiras

       Outro local essencial é o Monte das Oliveiras. Inúmeras árvore, repletas de azeitonas verdinhas, marcam a paisagem – algumas têm cerca de 2 mil anos e se encontram no quintal da Igreja de Todas as Nações. Na paisagem, destoa as cúpulas douradas em forma de cebola da Igreja de Maria Madalena, construída por cristãos ortodoxos.

Logo no início, antes da subida realmente começar, está a Tumba da Virgem Maria, outra igreja controlada pelos ortodoxos. A capela é aparentemente pequena e singela por fora, mas ao descer as escadarias longas e acinzentadas, muitas vezes cheias de velas nos degraus, o templo se expande até o memorial. Alem do simbolismo espiritual, o morro oferece a vista mais espetacular da região. De lá, podem ser feiras fotos da cidade antiga. Embora alguns digam que a íngreme caminhada possa ser um pouco cansativa, vale a pena subir a pé, devagar para apreciar o visual em diversos pontos.

        Ao longo da montanha, chamam atenção inúmeras tumbas judaicas, esbranquiçadas e cheia de pedrinhas. Rata-se do maior cemitério em uso do mundo, onde estão enterradas cerca de 150 mil pessoas. Segundo a profecia judaica, o messias voltará no dia do Juízo Final pelo Monte das Oliveiras. Por isso, muitos querem ser enterrados ali para garantir um bom lugar na fila da ressurreição. Outra igreja bastante visitada no Monte das Oliveiras é a do “Pai Nosso”. Ali está a caverna onde Jesus teria ensinado a oração aos seus discípulos. Nas paredes da igreja pode-se ler a reza em mais de cem línguas, entre português, chinês e até mesmo guarani.

Uma boa dica é se hospedar no centro da cidade nova, fora das muralhas, onde estão os melhores restaurantes. 
          Por lá também se encontra o Museu de Jerusalém e seu Santuário do Livro, em forma de jarra branca. A arquitetura escolhida simboliza as jarras em que os rolos de pergaminhos dos escritos sagrados do Antigo Testamento foram encontrados, em uma caverna na região do Mar Morto. Para se despedir de Jerusalém, nada como o espetáculo de luzes da cidadela, onde fica a Torre de David, bem ao lado do portão Jaffa. Durante à noite, projeções luminosas nas ruínas da fortaleza, acompanhadas de musicas, contam de modo quase mágico (e simples) a história da cidade. O show é aberto ao som do que seria a flauta do rei David.


Onde um DJ é sagrado

           Enquanto em Jerusalém as pessoas estão mais ligadas ao sionismo, sua irmã mais nova está bem mais perto do hedonismo: Tel Aviv tem uma agitada vida noturna. Por lá, um DJ é sagrado e comanda diversas casas noturnas, seu templo. Se durante o shabat, Jerusalém praticamente entra em coma, em Tel Aviv PS clubes e bares, muitos deles na região da marina, abrem as portas geralmente por volta da meia noite. Depois de cair na agitadíssima noite, nada como se espreguiçar por horas sob o sol nas cadeiras de praia, dispostas para locação por cerca de 15 shekelim (por volta de € 3). E um mergulho em águas mediterrâneas é indispensável. Pela orla, a moda praia brasileira se destaca nos pés das pessoas em forma de Havaianas. Até mesmo marcas nacionais de biquínis estão à venda na Rua Sheinken, no centro, onde existem diversas butiques descoladas.

              Se a fome apertar, Tel Aviv é o lugar certo para os deleites da culinária. A cidade dita não só a moda do país, mas também domina a cena gastronômica. Judeus imigrantes de várias partes do mundo trouxeram influências da cozinha de origem, o que torna a cena bastante experimental e diversificada. Em alguns restaurantes, se vê na porta com destaque um selo koscher, emitido pelos rabinos. É a certificação de que a comida é preparada de acordo com os ditames do judaísmo. Entre as principais regras, estão quais carnes podem ser ingeridas e o modo de abate do animal. Além disso, carne e laticínios não podem dividir as mesmas panelas, sequer a mesma refeição – embora isso seja mais flexível em Tel Aviv.



Diáspora e Jaffa


            Para entender como os judeus mantiveram sua cultura, mesmo espalhados pelo mundo, uma visita ao Museu da Diáspora é bastante recomendável. Dentro do belo campus universitário, a exibição conta a história da diáspora e ainda explica o significado de muitas festas judaicas, a exemplo do barmitzvá, quando garotos de 13 anos atingem a maioridade religiosa e passam a ser responsáveis por seus atos morais (para as meninas, a cerimônia se chama bat-mitzvá). Outra opção para quem não quer passar o dia na praia é o Museu de Arte de Tel Aviv, quase no fim do Boulevard Rothschild. O prédio de vidro, ao lado de um belo jardim, abriga uma coleção permanente de impressionistas e pós- impressionistas, além de obras da avant-garde do século 20, a exemplo de nomes como Picasso, Matisse, Degas e Pollock.

            Embora essa vibrante cena cultural, artística e gastronômica dê a impressão de uma cidade madura, Tel Aviv é uma pré-adolescente se comparada à vizinha Jaffa. Há 4 mil anos, enquanto a metrópole israelense era somente dunas de areia, o porto de Jaffa já figurava como um dos mais importantes do Mar Mediterrâneo – citações da cidade são encontradas até no Antigo testamento. Atualmente, Jaffa se tornou um reduto descolado, cheio de marcados de pulgas e galerias e artistas, desde pintores e escultores até designers de joias. Já o porto não exibe mais tanta energia, mas ainda assim continua marcando uma das mais belas paisagens do mar e das construções históricas. Bares, restaurantes e o mercado local lotam, formando um típico murmurinho no distrito, tido como mais bacana de Tel Aviv.

            Ao caminhar pela beira da praia de Tel Aviv até Jaffa, onde reside uma maioria cristã e muçulmana, avistam-se moças de lenços e burcas na água, sentadas sob o sol e até mesmo chutando bola. O litoral tem um aspecto mais familiar e sem o mundaréu de cadeiras e bares que marcam a orla de Tel Aviv. Ainda assim, moças de véus e outras de biquíni transitam no mesmo espaço à beira-mar. 

Litoral Norte
          Se em algumas cidades de Israel, a convivência entre árabes e judeus é marcada por segregação, controle e conflito (veja Box na pág.165), em Haifa, o clima é visivelmente mais amistoso. A terceira maior cidade de Israel, tida como uma das mais heterogenias do país, abriga as duas culturas de forma bastante harmônica. Lá, comunidades judaicas seculares vivem, lado a lado, com os árabes de maioria cristã – e não em bairros separados.
Dizem os locais que, enquanto em Jerusalém se reza e em Tel Aviv se festeja, é em Haifa que se trabalha. De fato, a região é um importante vale do silício, com forte presença da IBM e a melhor universidade do pais em tecnologia, eletrônica e medicina. Do litoral, avista-se o Monte Carmel e o  esplendoroso Jardim Baha ´I, tido como uma das maravilhas do mundo moderno. Da base ao topo do morro, 19 terraços repletos de verdes jardins, fontes e portões dourados cortam a paisagem em direção ao porto – uma mescla bem realizada entre natureza e arquitetura. No centro dos jardins está o túmulo de cúpula dourada do fundador da religião monoteísta Baha´I, criada no século 19, na Pérsia, o Bu-ha´ullah. O local é o segundo mais sagrado para os 6 milhões de seguidores da religião espalhados pelo mundo.
Outro porto importante e histórico na região é o de Cesareia, ao sul de Haifa, construído por Herodes, o Grande, durante a dominação do Império Romano, para facilitar o comércio com a Europa. Cesareia foi capital da Judéia e a importância do seu porto, à época, é equiparada ao de Alexandria. Atualmente, a cidade é um grande parque arqueológico, onde se podem ser vistas inscrições no teatro romano local com o nome de Pôncio Pilatos, que morou em Cesareia. Resquícios do anfiteatro, onde os judeus foram assassinados durante a primeira revolta contra os romanos, e das fortificações das cruzadas podem ser observados nas ruínas à beira-mar.
Perto dali, Akko, que se tornou o principal porto e base dos cristãos durante as cruzadas, conquista os visitantes imediatamente. Uma das principais atrações é a cidade subterrânea desses tempos conflituosos. Túneis em direção ao mar, usados como ponto de fuga durante as batalhas, revelam a aventura da época. E a última cidade da costa norte de Israel é Rosh Hanikra, na conturbada fronteira com o Líbano. O destaque do pequeno distrito são os penhascos  à beira-mar, que formaram inúmeras cavernas de águas cristalinas e jogos de luz. O acesso ao penhasco é feito via teleférico e a sensação é como a de entrar na caverna marítima em Capri, na Itália, mas sem precisar estar em um barco. 
Mar Morto e Massada


Mas a maior experiência aquática em Israel é a flutuação no Mar Morto. No ponto mais baixo do planeta, 411 metros abaixo do nível do mar, turistas bóiam em águas de vezes mais salgadas que a de qualquer oceano. Alguns levam livros, jornais e até máquinas fotográficas para dentro da água – que tem uma textura pesada e oleosa. Outros transitam pela praia cobertos de lama, considerada muito boa para pele por conta da quantidade de minerais. Vários kibutzim (fazendas ou empresas comunitárias israelitas) na região fazem diversos produtos de beleza com os tais minerais. Antes de correr em direção ao mar, uma placa chama atenção para alguns cuidados especiais, como evitar o contato da água com os olhos e ouvidos. E se, por acidente, o visitante ingeri-la deve procurar imediatamente a segurança.
Dentro da água, a sensação é que você parece uma batata cozinhando, de tão quente que é. Por isso, recomenda-se procurar lugares específicos e com infra-estrutura para nadar.  Alguns pontos oferecem até spas, massagens e tratamentos de beleza próprios, com piscinas quentes e frias de minerais. Já uma vista incrível da região desértica, cortada pelas águas azuis do Mar Morto, pode ser apreciada de Massada, um platô 400 metros acima do mar. A fortaleza foi primeiramente construída por Herodes, o Grande, em 43 a.C, e continha dois palácios, piscinas e teatros. Mas o rei morreu doente sem usufruir de Massada. Durante a primeira revolta dos zelotes, grupo de rebeldes judeus, contra o Império Romano, a fortaleza foi tomada. Com alimento e água suficiente, 967 homens, mulheres e crianças viveram sob a proteção daquelas muralhas por quatro anos. Porém, os romanos usaram cerca de 8 mil judeus escravizados para construir uma rampa em direção à fortificação – as marcas no chão onde foram montados são vistas em destaque lá de cima.
          Quando a invasão romana era iminente, os zelotes decidiram que não seriam escravizados. Cada homem matou sua própria família e foi morto, sem seguida por um colega. Diz a lenda, somente o último integrante da comunidade teve de tirar a própria vida. Assim, Massada acabou se tornando um ícone judaico e é usada muitas vezes como um símbolo do novo Estado de Israel. Daí, a frase em diversas camisetas dos mercados locais: “Massada não cairá novamente”.
                  O certo é que cada visitante deixará a Terra Santa com impressões marcadas por um misto de espiritualidade, misticismo, incoerência política, importância histórica, diferenças culturais e atrativos visuais. E na saída, no aeroporto em, Tel Aviv, no último contato com a forte segurança, prepara-se para responder um pequeno interrogatório. Os funcionários não são antipáticos e alguns até explicam a razão de tantas perguntas. Provavelmente, todos os visitante saem de lá com a esperança, de que, em um futuro próximo, esse complexo aparato de segurança não seja mais necessário. Na mala, pedrinhas de sal do Mar Morto e presentes dado por locais passam e vão para casa como souvenires. 

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